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Empresas que inovaram conseguiram se destacar durante a pandemia

A pandemia provocada pela Covid-19 impactou gravemente a economia mundial e afetou os negócios de empreendedores, principalmente os pequenos que não tinham capital de giro para manter as portas fechadas por muito tempo. A inovação, no entanto, fez toda a diferença no período e ajudou inclusive a manter ou até mesmo aumentar o faturamento.

Pesquisa realizada pela Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí com associados revela que para 5,88% dos empreendedores do comércio entrevistados, o delivery ajudou a aumentar o faturamento no período de estabelecimentos fechados, seguido por vendas pelo WhatsApp (2,94%).

Na contramão, 14,71% dos entrevistados não realizaram nenhuma ação no período. “Este dado só comprova a importância da inovação em um negócio”, diz o presidente da ACE Jundiaí, Mark William Ormenese Monteiro. “É sempre bom lembrar que inovação não é nada extraordinário. Para inovar basta fazer um atendimento de uma forma diferente ou explorar novas ideias. Em uma situação de adversidade, temos sempre de buscar oportunidades, só não podemos ficar parados.”

Foi o que fizeram os empreendedores do setor de prestação de serviços. Dos entrevistados, 20,59% afirmaram que usaram as Mídias Sociais para aumentar o faturamento e 8,82% investiram em Atendimento Online para a continuidade do negócio, caso da psicóloga Sandra Regina Smaniotto, que antes atendia esporadicamente um paciente em sessão online mas se viu forçada a inovar por conta das restrições físicas. “Com a pandemia, optei em atender online, superando minha própria resistência em fazer este tipo de sessão”, conta ela, que inclusive fechou parceria com a ACE Jundiaí para realizar atendimento online gratuito para ser usado pelos associados ou colaboradores. “No começo alguns pacientes ficaram receosos mas depois aceitaram, aos poucos fomos nos adaptando. Já voltei a atender presencialmente mas alguns já sinalizaram que vão manter a sessão online.”

Os entrevistados também afirmaram que investiram em novos serviços (8,82%) e 5,88% citaram que se beneficiaram de reuniões de grupos de networking, como o UNACE, da ACE Jundiaí, para aumentar o faturamento. “Participar das reuniões do grupo foi super importante para dar continuidade e até um fôlego de sobrevivência à minha empresa, principalmente no começo da pandemia”, afirma a empresária Renata Bernardi, da gráfica Poliset. “Na hora que os nossos clientes já consolidados tiveram de dar a parada brusca, o que nos fez continuar foram os trabalhos provenientes das reuniões de networking.”

Entre os prestadores de serviço ouvidos na pesquisa, 5,88% não efetuaram nenhuma ação.

Mudanças

A pesquisa da ACE, organizada pelo cientista de dados Artur Marques, comprova ainda que a pandemia acelerou mudanças e 23,08% dos entrevistados passaram a usar as Mídias Sociais. Do total, 19,33% usaram Novos Processos e Nova Tecnologia; 7,69% passaram a usar Sites de Buscas, 26,83% investiram em ligações e Redes Sociais para acelerar as mudanças na empresa.

Quando o assunto é vendas, a pesquisa aponta que a pandemia agravou a situação das empresas. Mas muitas já estavam em situação delicada antes mesmo da determinação de fechamento dos estabelecimentos. Para 72,73% dos representantes do comércio e 47,83% dos prestadores de serviço, as vendas estavam medianas. Apenas 18,18% do comércio e 26% dos prestadores de serviços responderam que as vendas estavam altas.

Com a determinação do fechamento dos estabelecimentos, 45,45% dos representantes do comércio registraram vendas baixas e 18,18% paradas. Entre os prestadores de serviço, o índice foi de 34,78% e 47,83%, respectivamente.

A pesquisa da ACE Jundiaí foi realizada com associados dos segmentos do comércio e prestadores de serviço, com faturamento médio entre R$ 5 mil e R$ 100 mil, e as questões foram respondidas por tomadores de decisão das empresas realizadas, como proprietários, diretores, gerentes e analistas de crédito.

 

Foto: Divulgação/Pexels/Anna Shvets